O Perigo dos Agrotóxicos Nos Alimentos

O Programa Repórter investigação apresentou em 16/07/2018 um tema de grande importância para aqueles quem sentem uma intensa preocupação com as suas saúde, com sua fonte de alimentação, e se elas estão saudáveis antes de as consumir. Os agrotóxicos que estão colocando a vida dos brasileiros em risco, provocando uma série de doenças, inclusive o câncer. Agrotóxicos, o perigo invisível.

Sociedade de risco: o uso dos agrotóxicos e implicações na saúde do trabalhador rural

introdução
O Brasil se transformou, a partir de 2008, no maior consumidor de agrotóxicos, embora não seja o principal produtor agrícola mundial. O uso abusivo desses produtos acarreta diversos problemas, desde aqueles que afetam a saúde dos agricultores, até aqueles que afetam o meio ambiente, destruindo a fauna e a flora ou, em síntese, o conjunto de nossa biodiversidade1,2.
Os pesticidas estão entre os produtos com fatores de risco mais relevantes para a saúde dos trabalhadores rurais e para o meio ambiente3. Diante disso, evidencia-se que o modelo de
desenvolvimento econômico atual induz e impõe transformações no modo de vida que ensejam graves problemas de saúde ao trabalhador como, por exemplo, a exposição dos trabalhadores
aos agrotóxicos no campo. Essas condições interferem na qualidade de vida, impactando, negativamente, na saúde do trabalhador rural e no meio ambiente.
A proteção à saúde da população, com base em ampla segurança, está inibida e fragilizada pelos interesses do mercado que, por sua vez, tem um arcabouço institucional e legislativo que lhe fornece meios necessários para manter o ciclo virtuoso de sua economia, em favor da utilização de produtos
técnicos com o apoio dos governos.
Isso confere uma situação potencial de risco, típico da sociedade moderna, em que o lucro sobrepõe o direito a saúde dos seres humanos e do meio ambiente. O uso massivo de agrotóxicos devido à expansão do agronegócio, além de intoxicar a população, está contaminando
os alimentos, as águas e o ar.
.Em face dessa problemática, a busca de aporte teórico em áreas como a sociologia, constitui-se em importante estratégia, pois permite uma melhor apreensão dos aspectos sociais,
intrínsecos à saúde. A modernidade se constitui na civilização do risco, o que inclui os de alta consequência, advindos do caráter globalizado dos tecidos sociais. Encontrar-se no universo da
modernidade é viver em um ambiente de oportunidade e de risco, orientado pelo controle humano nos ambientes social e natural e pelo estilo de vida adotado contemporaneamente.
Dessa forma, vive-se um momento de reconfiguração da sociedade moderna, que assume novos contornos face aos riscos mundiais. Com isso, o conceito de sociedade de risco adquire importância nesse debate, uma vez que exprime a acumulação de riscos (ecológicos, bioquímicos, financeiros
e informacionais) que estão onipresentes, hoje, no mundo, de forma global. Configura-se, assim, um cenário de incertezas "fabricadas", pelo fato de dependerem de decisões humanas e de serem criadas pela própria civilização, como é o caso do uso dos agrotóxicos na produção de alimentos.
Esse panorama aponta para a complexidade da questão, dimensionada especialmente pelas repercussões do uso do agrotóxico na saúde dos trabalhadores rurais e de populações que vivem próximas às áreas de produção, representando um problema de saúde pública, para o qual o setor saúde busca definir e implementar ações para atenção integral das populações expostas aos pesticidas.
Frente a isso, a inserção desse debate no âmbito da enfermagem é imperiosa, no intuito de mobilizar-se para enfrentar esta situação e produzir estratégias para reduzir ou eliminar a contaminação dos trabalhadores rurais. A percepção dos agricultores e consumidores quanto aos elevados riscos da utilização de agrotóxicos para a saúde humana e para o meio ambiente é essencial para mudar essa
realidade.
Acredita-se que a inserção da discussão sobre a problemática dos agrotóxicos, na atividade rural, possibilitará novas abordagens para a enfermagem em suas práticas de assistência, ensino e pesquisa, especialmente quando produzidas por meio da compreensão do processo de saúde-doença como
resultante da interação do ser humano com o seu trabalho. Para tanto, tem-se como objetivo geral: conhecer as percepções de trabalhadores rurais sobre os riscos advindos do uso de agrotóxicos
para sua saúde.

Métodos
A pesquisa é do tipo descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa. Foi realizada em um distrito rural de um município do interior do Rio Grande do Sul, BR, com economia baseada no cultivo agrícola. Fizeram parte deste estudo trabalhadores rurais do distrito em questão, adotando-se critérios de inclusão o trabalhador ser maior de idade (18 anos e mais); estar envolvido(a) com a agricultura há mais de um ano (justifica-se pela necessidade de experiência no trabalho rural) e residir na zona rural. Utilizou-se como critério de exclusão, ser membro da mesma família, considerando o primeiro grau de parentesco, tendo em vista que o objeto do estudo não foi a família. Os participantes foram selecionados mediante sorteio manual, realizado pela pesquisadora, em posse da lista preenchida, juntamente com o setor administrativo da Subprefeitura do Distrito. Após o sorteio, os mesmos foram contatados via telefone, sobre a possibilidade de participarem da pesquisa, bem como questionados quanto ao atendimento dos critérios de inclusão e esclarecidos sobre o objetivo da pesquisa. Foram
entrevistados 15 trabalhadores, de um total de 30 agricultores pertencentes ao distrito, sendo a coleta de dados encerrada com base no critério de saturação.
Foram utilizados dois instrumentos de produção de dados, ou seja, o formulário para levantamento de dados socioeconômicos e a entrevista semiestruturada. O formulário continha questões fechadas com o intuito de levantar informações como: sexo, idade, procedência, escolaridade, dados relativos à cultura agrícola e à manipulação de agrotóxicos. Esses foram coletados em conjunto e previamente à entrevista semiestruturada, com vistas a traçar um perfil dos participantes. A entrevista semiestrutura
foi constituída por questões que abordavam o entendimento dos trabalhadores sobre risco, sobre sua rotina no trabalho rural e sobre o uso de agrotóxicos na atividade laboral.
As entrevistas foram realizadas no período de fevereiro a abril de 2014, no próprio cenário da pesquisa, em local e horário de preferência do entrevistado. Foi solicitada autorização prévia para a gravação das informações colhidas que, posteriormente, foram transcritas na íntegra e digitalizadas. Todas as entrevistas foram realizadas nas residências dos trabalhadores; em ambiente reservado; garantindo a privacidade necessária para sua efetivação, com tempo médio de duração de 60 minutos e incluindo o preenchimento do formulário pela pesquisadora.
Os dados transcritos foram analisados com base no referencial proposto para análise de conteúdo temática, que é uma técnica de pesquisa que permite replicar e validar as inferências sobre dados de um determinado contexto, por meio de procedimentos especializados e científicos. Assim, organizou-se a análise de conteúdo temática em três etapas e fez-se a interpretação do conteúdo de acordo com o referencial teórico pertinente ao estudo.
A pesquisa foi realizada considerando a Resolução Nº 466, de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, sob Certificado de Apresentação para Apreciação Ética - CAAE nº 26425513.7.0000.5346, com o compromisso de assegurar a privacidade e a confidencialidade dos dados utilizados, preservando
a identidade e o anonimato dos participantes do estudo.
Para isso, na apresentação dos resultados, os participantes da pesquisa foram identificados com a letra 'R' de rural e um número relativo à ordem de realização das entrevistas.

Resultados e Discussão
A análise do perfil socioeconômico dos participantes da pesquisa mostrou que a totalidade, 15 indivíduos, era do sexo masculino. A idade variou entre 37 e 67 anos, sendo que 10 estavam na faixa entre 41 e 60 anos. Todos entrevistados eram casados, 14 tinham filhos, sendo que, seis tinham, pelo menos, um filho envolvido com a atividade agrícola.
Os principais alimentos cultivados pelos participantes eram arroz e soja e todos os entrevistados mencionaram utilizar mais de uma classe de pesticidas (herbicida, fungicida e inseticida), por meio de pulverização aérea ou mecânica (com trator).
Todos entrevistados afirmaram não reaproveitar as embalagens, devolvendo-as para a empresa fornecedora, após sua utilização.
A totalidade utilizava os agrotóxicos conforme receituário do engenheiro agrônomo das empresas fornecedoras dessas substâncias. Dentre os participantes, 11 utilizavam agrotóxicos na atividade rural há mais de 30 anos, o que ratifica a gravidade da exposição crônica, ressaltada pela bibliografia científica.
Para melhor compreensão do presente estudo, os depoimentos obtidos e as reflexões foram subdivididos em categorias temáticas. Para a composição desse manuscrito, foi selecionada uma delas: o uso dos agrotóxicos e a saúde do trabalhador rural, a qual está descrita a seguir. As demais, voltadas à análise da abordagem sociológica dos riscos da modernidade e à crise ambiental relacionada à questão dos agrotóxicos fazem parte de outra publicação científica.
Para a produção de dados, os participantes foram questionados acerca da sua percepção sobre a relação entre o uso dos agrotóxicos e a sua saúde como trabalhador rural. Os depoentes têm conhecimento dos riscos que o uso dos agrotóxicos podem ocasionar, conforme demonstrado nos depoimentos:
Há pouco tempo se passava, as vezes nem tinha. Quando
começamos a plantar não tinha nem máscara, nem luva.
Nós aplicávamos sem nada, depois que vem as coisas
[doenças], não sei como o cara está bem de saúde, por
tudo que o cara passou (R4).
Esses dias eu falei, muita gente está sentindo uns negócio
por causa do veneno. [...] Gente que não usa proteção
está sentindo, com dor de cabeça, com dor de estômago,
isso muita gente está prejudicada, não usa o equipamento
que querem (R8).
Os participantes mencionam sobre os riscos de contaminação associados à utilização de agrotóxicos; os possíveis impactos de práticas não seguras, como não utilizar os equipamentos
de proteção individual (EPI); e os sintomas de intoxicações agudas. Também sentem-se interrogados quanto aos riscos futuros e consequências em relação às atividades laborais praticadas
contemporaneamente.
Exemplo disso é o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer, associado ao manuseio e aplicação de pesticidas pelo potencial carcinogênico e mutagênico dessas substâncias químicas. Isso é apontado, inclusive, pelos participantes desta pesquisa, como pode ser visualizado:
É um pingo no copo da água, chega em um ponto
que para a população (silêncio), é claro já está dando
problema, tanto que tem tantos cânceres, tantas doenças.
Eu acho que vem disso aí, tranquilamente, vem um pouco
disso aí (R1).
Esse é o problema que está acontecendo, esse câncer,
isso é tudo agrotóxico que está dando. Essas doenças
que estão saindo, só pode vir disso. Porque antigamente,
quando eu era guri, não tinha nada disso (R11).
Assim, considerando-se o uso dos pesticidas, existe a possibilidade de adoecimento do agricultor, bem como a compreensão de que este uso não pode ser eliminado a curto e médio prazo, tendo
em vista a realidade da produção mundial de alimentos. 
Reconhecer a existência de um risco ou um conjunto deles é admitir não só a probabilidade de que as coisas possam sair erradas, mas que essa não pode ser eliminada. Por isso, essa sociedade de risco exige outras competências para a sobrevivência, como a decisão de antecipar perigos, de suportá-los, de lidar com eles em termos
biográficos e políticos; transpondo o medo e a insegurança, para se converter em qualificação civilizacional decisiva.
.É perceptível que os riscos são potencialmente ameaçadores à vida do ser humano, impactando diretamente nas atividades cotidianas dos trabalhadores rurais com a presença de conteúdos tóxicos inseridos no seu processo de trabalho. Dessa forma, confiança e risco, oportunidade e perigo, características paradoxais da modernidade, penetram em todos os aspectos da vida cotidiana, suplantando o local e o global e não excluindo ninguém destas situações.
Nesse ínterim, os riscos não aumentam somente quantitativamente, mas também surgem qualitativamente, ou seja, somam-se novos formatos e atribuições de culpa. 
A poluição do ar, da água e dos alimentos proveniente dos agrotóxicos provavelmente aumente os problemas, não somente no sentido fisiológico, mas também no sentido psicológico.
De certa forma, essa é a experiência do "destino da natureza" produzido pela civilização, na qual o indivíduo experimenta e sofre a inquietação proveniente de sua construtividade técnica
e da sociedade global. Assim, não há como o ser humano ignorar o fato de que suas atividades locais (laborais) são influenciadas, e muitas vezes, determinadas por acontecimentos ou organismos distantes, como no caso do uso dos pesticidas na agricultura e o agronegócio mundial.
Daí que as escolhas provenientes das opções de estilo de vida, como o trabalho, são frequentemente cerceadas por fatores que estão fora do alcance do indivíduo ou dos indivíduos que essas afetam. As mudanças tecnológicas (maquinário agrícola, uso de praguicidas, entre outros) que se impõem sobre a vida das pessoas são o resultado de incorporação dos sistemas
abstratos, controlados por corporações industriais afastadas do controle do indivíduo leigo.
Ademais, para os participantes deste estudo, corroborando com os resultados de outra investigação, existe uma situação de ambivalência, quando a negação das ameaças, é assinalada como um estratégia defensiva. Esta negação serve como "proteção" para a saúde mental desses agricultores, que passam a acreditar na inexistência de perigos diretos à sua saúde, em curto prazo. Destaca-se que, isso ocorre por mais que existam informações disponíveis, que lhes mostrem o contrário e que
os mesmos conheçam, em algum grau, os riscos a que estão expostos.
Como pode ser analisado nos extratos de fala, os participantes negaram problemas de saúde relacionados à utilização dos praguicidas na atividade rural, apesar de afirmarem a existência
de riscos ocupacionais:
Eu não sinto nada, até agora. Pode um dia começar
a aparecer coisas por causa do... mas até hoje nunca
senti nada (R3).
A minha (saúde) está bem, por enquanto está bem!
(risos) Eu já não posso mais lidar com veneno [...] o
médico já me proibiu de usar veneno (R8).
Olha, eu graças a Deus com tudo que eu apliquei tudo
que eu lidei, que nesses anos se facilitava bem mais do
que hoje, e não senti nada até hoje, não tive problema,
não tive doença, isso graças a Deus (R10).
Para compensar a ansiedade que essas condições de trabalho forçadas pela produtividade necessária ao agronegócio podem produzir, há o amparo psicológico do sentimento de que "não há nada que eu possa fazer enquanto indivíduo" e de qualquer maneira esses riscos são produto do agronegócio.
Agir-como-de-hábito, é um elemento fundamental na manutenção da confiança e da segurança ontológica, e se aplica no que diz respeito aos riscos à saúde causados pelo uso dos agrotóxicos. Dessa forma, os indivíduos mantém sua rotina diária, amparados por uma certa proteção psicológica que os mantém em condições de realizarem suas atividades com menor
nível de ansiedade.
A questão da confiança, implica em consciência das circunstâncias de risco das atividades humanas - o que inclui o impacto da tecnologia sobre o mundo social - e também em expectativas que podem ser frustradas. Já, em relação à segurança, essa pode ser definida como um equilíbrio de confiança
e "risco aceitável" ou como uma situação onde um conjunto específico de perigos está neutralizado ou minimizado.
Isso pode ser denominado como casulo protetor, ou seja, é um "por entre parênteses" fatos potenciais, que seriamente considerados, em vista dos riscos e perigos, produziriam uma espécie de paralisia em relação à prática da vida diária.
Como um mecanismo de defesa, toda a problemática dos agrotóxicos e a atividade rural, juntamente com os riscos inerentes à saúde do trabalhador, em seu cerne mais profundo, fica suspensa,
para que possam dar continuidade à sua prática laboral, da qual provém seu sustento. 
Dessa maneira, a grande maioria das pessoas não passa muito de seu tempo, de forma consciente, preocupando-se com essas ameaças; o que é justificado pela necessidade de seguir em frente, com os eventos práticos da vida e proteger-se psicologicamente. Nesse sentido, risco/perigo e confiança/
segurança se entrecruzam e a confiança serve para minimizar os perigos aos quais estão submetidos certos tipos de atividades.
De certa forma, isso passa a ser visto como "risco aceitável" - aplicado em diferentes contextos de vida - a minimização do perigo, geralmente é central na manutenção da segurança16.
De tal modo, o significado das rotinas não deve ser subestimado, sendo imprescindível para a segurança, porque proporciona uma base estruturadora para a continuidade da
vida, por meio de contextos diferentes de ação. Esse dado pode ser relacionado ao fato dos participantes se sentirem "seguros" perante suas rotinas de trabalho, o que pode justificar
o uso incorreto dos EPI.
A suscetibilidade à ameaça não necessariamente culmina na conscientização do risco, podendo, inclusive, provocar o inverso: a negação pelo medo. Juntamente com a dimensão do perigo, cresce a probabilidade de sua negação e minimização e a inimagibilidade desse, com o qual é preciso viver, porém, a percepção do risco é imprescindível para sua superação.
Nessa sociedade individualizada, o ser humano precisa aprender a reconhecer-se como foco de ação, planejando sua vida no que diz respeito à sua própria carreira, sob pena de um prejuízo irreversível à sua saúde. É exigido, do indivíduo, um modelo dinâmico de ação cotidiana em que a tomada de decisões está sempre presente, com o intuito de assegurar a própria sobrevivência, trazendo, como consequência, a subjetivação e individualização dos riscos. Para isso, a enfermagem tem o potencial de auxiliar os agricultores, por meio de estratégias educativas, no sentido de buscar desenvolver
uma sensibilização acerca do ser/estar na sociedade de risco para tomarem suas decisões relacionadas ao cuidado para com sua saúde.
Em relação à ocorrência de problemas de saúde relacionados ao uso de agrotóxicos, no geral, os participantes negaram existência dos mesmos. Não, assim que eu lembre nunca tive intoxicação. [...] mas nunca passei mal por causa dos agrotóxicos. Mas de pegar veneno, já peguei umas quantas vezes. No caso, dá um vento, um redemoinho. A pessoa que fala que nunca
pegou veneno, mente, porque pega veneno sim (R1)
Não. Nunca. Graças a Deus! Graças e Deus e graças
aos cuidados, porque a gente tem que ter cuidado com
isso aí (R12).
Entretanto, alguns entrevistados responderam de forma afirmativa. Porém, isso não foi imediatamente relacionado, sendo necessária uma instigação por parte da entrevistadora e nem todos conseguiram relacionar ao uso de pesticidas, conforme pode ser evidenciado:
As vez da dor de cabeça mas, acho que não e por causa
do veneno. Mas nunca quando eu tive aplicando me
aconteceu esses problemas e que a gente cuida um
pouco (R5).
Ah eu tive. Internado não, mas tive uma semana ai meio
ruim, com dor no estômago, dor de cabeça, e já estava
feio. Ai não teve mais jeito. Parei (R8).
Nas intoxicações agudas, os sintomas clínico-laboratoriais são mais conhecidos, facilitando o diagnóstico e o tratamento do trabalhador. Contudo, o agricultor se expõe a vários produtos ao mesmo tempo, ao longo de muitos anos e por vias distintas (absorção dérmica, inalação, ingestão), tanto na lavoura, por meio do preparo e da aplicação dos pesticidas, quanto na residência, através do armazenamento inadequado e do manuseio das roupas usadas na pulverização, encobrindo-se as intoxicações crônicas que são mais difíceis de relacionar.
Conforme apontado pelos trabalhadores deste estudo, os mesmos utilizam diversas classes desses químicos, sem contar a exposição prolongada, pois, muitos deles utilizam agrotóxicos
há mais de 30 anos.
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