
A reserva ambiental lagoa da CCC está localizada no município de Candeias, região metropolitana da capital Salvador, nas proximidades dos bairros de: Urbis I, Nova Candeias, centro, Pitanga, Nova Brasília, e Ouro Negro; tendo o seu principal acesso pela BA-523, 1 quilômetro e meio após o trevo do petróleo, chegando enfim no bairro de Urbis I, que é o principal acesso à lagoa.
Ao centro dessa área de preservação, 264,49 M² é ocupada por essa lagoa que tem a sua microbacia cortada ao meio por uma linha férrea acontecendo a locomoção de trens cargueiros da Concessionária Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), atual concessionária da linha, sendo que no passado, por volta dos anos de 1907, a mesma linha férrea era usada para deslocar passageiros de vários municípios da região metropolitana de Salvador até Candeias, com destino a essa atual estação de trem que se encontra próxima ao Centro da cidade.
Nessa pequena reserva ambiental abriga-se uma fauna e uma flora exuberante e que encanta aos amantes da natureza. Composta por uma biodiversidade em aves e pássaros, plantas, e alguns mamíferos (muitos já extintos da região), parte da fauna e da flora do município estão aqui presentes e, esse é um dos motivos pelo qual muitos dos moradores do município consideram essas imediações como uma área de grande importância ambiental.
Sobre a sigla CCC (Companhia de Carbonos Coloidais) é sigla de uma antiga fábrica que havia no município no ano de 1960 e, após 30 anos de sua existência, a Fábrica fechou as suas portas, no ano de 1990, deixando um grande rastro de poluição quando, no período de seu funcionamento, muitos dos moradores de regiões próximas à fábrica, como a exemplo do bairro de Nova Brasília, foram obrigados a venderem as suas casas com intuito de se livrarem do rastro de poluição. Essa foi a primeira indústria petroquímica do estado da Bahia. Candeias: história da terra do petróleo. Historiador Jair Cardoso dos Santos. Gráfica Salesiano 2008.
A prática de atividades pesqueiras é uma rotina comum onde, moradores dos bairros mais próximos utilizam o lago para esses fins; mesmo com a qualidade da água comprometida pela poluição, alguns afirmam que a necessidade pelo pescado fala mais alto. "Essa lagoa já matou a fome de muitas pessoas aqui do bairro" afirmou um dos pescadores que reside no bairro Urbis I. Peixes como: traíra, tilápia e acará são os mais encontrados.
Nas décadas dos anos de 1980 e 1990 foram épocas em que ocorreram grande número de registros por afogamento, foi a época onde muitos moradores da cidade sentiam temor, até mesmo de visitar a lagoa, incluindo também a questão da segurança que não contempla essa região, no entanto, alguns moradores dos bairros mais próximos ainda praticam atividades físicas, caça (muitas delas predatórias), pesca e montarias; já que as pastagens existentes por aqui também são aproveitadas por boiadeiros das localidades Urbis I, Ouro Negro e Nova Candeias no intuito de aproveitar do espaço para a criação de gado. Aqui acontece eventos de corrida de cavalo sempre aos domingos de verão, contendo um espaço utilizado pelos vaqueiros como uma das formas de diversão realizadas nesses eventos.

A linha férrea que corta não somente a lagoa, mas, toda a reserva dessa APA, é utilizada por muitos como trilha ecológica (prática não aconselhável) desfrutando de uma bela visibilidade em seus arredores que são representados por pequenas reservas de vegetação variada, porém, todo cuidado é pouco, já que acontece a movimentação de trens cargueiros, como foi mencionado no início dessa postagem, não transparecendo uma certeza de segurança. Além dessa trilha, há outras que também são pouco utilizadas por moradores devido a essa questão da segurança; um caminho com ambientes agradáveis em verdes exuberantes que nos destina ao bairro da Nova Brasília, à pequena comunidade conhecida como "Matança", nome pelo qual é conhecida a comunidade pelo fato de haver em suas proximidades abatedouros de gado, e assim ficou conhecido esse lugarejo. Fica nas proximidades da garagem da empresa Global e do TECAN (Terminal de Candeias) na usina de Biodiesel.
Conhecendo a fauna local
Devido ao desmatamento em massa que veio ocorrendo a partir do final da década de 90 na região de Pitinga, seguido de queimadas e da extração ilegal de madeiras, grande parte da fauna candeense veio se dissipando e animais como o veado, o tatu, a jaguatirica, o cachorro do mato, e outras espécies de mamíferos saíram a procura de novos ‘habitats’, e outros, infelizmente foram vítimas da caça predatória, porém, alguns desses ainda insistem sobreviver nessas regiões afetadas mesmo com esses frequentes crimes ambientais; ainda é possível avistar alguns deles.
Candeias é um município onde a natureza sofre e o caso é tratado com bastante insensatez, além de ser uma tarefa muito difícil para nós de proteger e lutar contra os possíveis degradadores; o caso se torna ainda mais complicado quando se há uma conivência da administração pública municipal menosprezando os temas no que diz respeitos à conservação da vida silvestre, da flora, e do meio ambiente de modo geral. Temos nascentes de água, manguezais, praias e outras importantes reservas, porém, alguma delas já ocupadas sem nenhum esforço.
Se os impactos ambientais no município continuarem a seguir nesse acelerado ritmo que vem ocorrendo, muito pouco restará para as próximas gerações, já que esses fatores colaboram com as mudanças climáticas que são causadas por esses e vários outros problemas; o desmatamento que provoca o desequilíbrio ambiental acaba afetando também a vida humana. Agora vamos falar um pouco mais da fauna.
As variadas espécies de aves mais encontradas e que representam parte da fauna candeense estão presentes nesse pequeno espaço ecológico, são elas: sanã-parda, saracura-três-potes, galinha d'água, tiziu, garrincha, casaca-de-couro, anu-preto, caga-sebo, saci, aracuã-de-barriga-branca, rolinha-roxa, martim-pescador-grande, urutau, arapaçú-de-bico-branco, socozinho, fogo-apagou, curuira-do-brejo, savacu, tuim, choca-listrada, surucuá-de-barriga-vermelha, acauã, araponguinha, maçaricão, gavião-carrapateiro, lavadeira, bem-te-vi, papa-capim, sanhaçu-cinzento, pardal, curió, quero-quero, caneleiro-preto, sebinho, irré, periquitão-maracanã, gavião-caracoleiro, socó-boi, pernilongo-de-costas-negras, freirinha, canário-da-terra, mergulhão-caçador, gavião-carijó, gavião-peneira, anu-branco, tangará-de-cabeça-vermelha, joão-de-barro, jaçanã (marrequinha), bacurau, e além de outras.
Choca-listrada
Saracura-três-potes
Mergulhão-caçador
Frango-dágua
Savacu
Garça-branca-grande
Martim-pescador
Socozinho
Saci
Tziu
Sanã-parda
Aracuã
Anu-preto
Casaca-de-couro
Caga-sebo
Arapaçú-de-bico-branco
Saracura-três-potes (Aramides cajaneus)
A saracura-três-potes é uma espécie de ave da família rallidae, conhecida por muitos como sericora, três-cocos, saracura-do-brejo e outros nomes populares. Dificilmente pode ser vista, porém, pode ser ouvida em regiões alagadas, brejos, beira de rios, manguezais, e outras regiões semelhantes. Seus olhos avermelhados têm visão eficaz e é uma ave muito arisca, já que para fotografá-la de perto seria uma tarefa muito difícil, mas não impossível. O canto da saracura é um canto alto e formado na maioria das vezes por um dueto, geralmente oriundo do casal. Mede de 33 a 40 cm e chega a pesar até 466 gramas. Nas imediações da BR-523, à frente do ginásio poliesportivo de Candeias, nas reservas de matas, conseguimos escutar o seu canto, geralmente no começo da manhã e nos fins de tarde. Essa localidade mencionada é um local exclusivo onde as saracuras fazem de abrigo, sendo também uma área de reprodução e abrigo, além de outros tipos de aves que se utilizam daquela flora para seus momentos de repouso, como também nas proximidades da lagoa onde a ouvimos com muita facilidade.
Além de aves e pássaros que fazem parte desse ecossistema, encontramos também alguns mamíferos como o Tatu, a raposa, e o sagui. Espécies de répteis como: cágados, teiú, cobras, e outras espécies de lagartos. Grande parte das espécies de mamíferos foram desaparecendo ao longo dos anos devido ao desmatamento e queimadas que ocorrem com frequência nessas reservas, principalmente na região de Pitinga, é quando as espécies de animais silvestres não mais encontram vegetação para seu abrigo e sustento, elas acabam migrando para outras regiões, ou até mesmo para as cidades.
O tatu (Dasypus novemcintus)
O tatu é uma espécie de mamífero da família dasypodidae e é um mamífero que possui uma carapaça que cobre o seu corpo que é bem parecida com um tipo de armadura e geralmente se alimentam de insetos. Tendo seu nome de origem do tupi, são selvagens que costumam habitar em regiões de cerrados e locais úmidos com matas ciliares e florestas molhadas. De acordo com o site do National Geographic, um estudo publicado pela revista PLoS Neglected Tropical Diseases, os tatus são portadores de bactérias que causam a hanseníase pelo fato de terem sidos contaminados com a doença pelo próprio homem.
A raposa (Lycalopex vetulus)
A raposa também é um mamífero que pode ser encontrado nas imediações da lagoa, e a espécie que encontramos é a raposa-do-campo. Recentemente, aparece com frequência na região e à beira da BA-523, especificamente aos horários noturnos, e costumam sair após o por do sol em busca de alimentos. Galinhas é o seu alimento predileto. São animais vitimas de atropelamentos, já que costumam atravessar de uma via para outra e, à noite, dificultam um pouco a visão daqueles que estão ao volante; saem da mata e aparecem de repente na pista, algumas não conseguem se livrar dos automóveis, e acabam provocando acidentes.
No vídeo a seguir, uma jaguatirica que foi atropelada nas proximidades da região conhecida como "Cinquenta" na BA-523, no dia 6 de fevereiro de 2019; foi quando Janatan Silva, conhecido como "Tam" passava pelo local e tentou socorrer o animal que estava desmaiado. Segundo informações, na época, o animal passou bem após ser socorrido pela polícia ambiental e ficou aos cuidados do órgão. O motorista que atropelou o animal disse que não teve como evitar o atropelamento, já que não conseguiu desviar o veículo para salvar o animal. Moradores do município que costumavam praticar a caça por volta das décadas de 80 e 90, relataram que esse animal também já se fez presente de forma constante em nossa APA, já que a reserva da lagoa fica bem próximo de onde esses animais eram vistos com frequência, além do veado, do mocó, animais já extintos da região.
Conhecendo a flora local
Parte da remanescente flora da sede do município de Candeias está concentrada nessa importante APA que está representada por diversas espécies de árvores, plantas do cerrado, onde muitas delas são consideradas ornamentais e medicinais, além de arbustos e variadas categorias de flores, assim, podemos citar duas, sendo elas umas das mais conhecidas espécies, que são:
Outras espécies
Além da embaúba e do dendezeiro, podemos mencionar uma diversidade de árvores, arbustos e plantas na flora local, sendo muitas dessas espécies ornamentais além de plantas medicinais, tais como: Pau-pombo, jurubeba, eucalipto, jenipapeiro, cajueiro, amendoeira, goiabeira, ingá-branco, murici, embiriba, mimosa-pigra, pimenta-de-macaco, são-gonçalinho, mamona, aegiphila, tiririca, maricá, piteira, araçá-mirim, maracujá-amarelo, maracujá-açu, jambeiro, erva-de-touro, sucupira, trepadeira-guaranaí, canela-de-velho, cidreira, pau-de-lacre, sombreiro, aroeira, jacarandá-de-espinho, melão-de-são-caetano, leucena (espécie invasora), crotalária retusa, bilreiro, coco-babaçú, bambu, jamelão, sanhaçaíba, graviola-montana, mata-cavalo, morototó (matataúba), janaúba-verdadeira, cansanção, corda-de-viola, planta-papagaio, cissus erosa, urtiga, alamanda-amarela, erva-de-jabuti, velame, turnera, caetê-vermelho, lantana-camara, dama-da-noite, angelonia, barbasco, girassol-mexicano, mal-me-quer, ipomeas, ora-pro-nobis, vassourinha-de-botão, quitoco, cestrum, sabiazeira, perpétua-roxa-do-mato, grão-de-galo, insulina vegetal, dormideira, e outras que estarei citando temporalmente em que essa matéria vier passando por novas atualizações.
ingá-branco (inga laurina)
Mesmo reduzidos as ações do desmatamento e das queimadas na região da lagoa ao longo desses últimos 5 anos, essas espécies de árvores ainda continuam sendo vítima da ação humana, o que dificulta a proliferação dessas espécies que ainda são encontradas em pouca quantidade.
Labutar com preservação ambiental no município vem sendo uma tarefa árdua e cheia de obstáculos; já que a inclusão do tema da sustentabilidade do meio ambiente está muito distante das pessoas, assim como a consciência ambiental que poderia ser gerada através de ações do poder público municipal.
Nas imagens acima, ao lado esquerdo, a matataúba. Uma amostra de uma pequena árvore com cerca de 2,5 metros de altura, e, ao lado direito, podemos observar o momento do entardecer e a exuberância dessa linda árvore com mais de 20 metros de altura enfeitando o fim de tarde na mata.
A árvore é conhecida por diversos nomes populares, como: Pimenta de Macaco, Pimenta-de-negro, Pachinhos, Esfola bainha e em algumas regiões são conhecidas como Pindaíba por conta de seu formato; é de pequeno a médio porte nativa do Cerrado brasileiro, podendo chegar até 8 metros de altura. Planta muito ornamental, produz bela florada branca, que podem ser utilizadas para extração de um óleo muito aromático. Seus frutos se forem moídos, podem ser utilizados como substituto a Pimenta do Reino e atraem grande quantidade de pássaros e animais da fauna.
A árvore pimenta de macaco além de ser usado como pimenta de Reino, também possui muitas propriedades medicinais. Como exemplo, suas sementes e folhas são usadas em forma de banho para tratamento de feridas; Suas folhas também são usadas como antisséptico e no tratamento de hemorragias, úlceras e má digestão. Normalmente frutifica de dezembro a fevereiro, mas a época de frutificação pode variar de acordo com a região de cultivo.
Fonte: Safari Graden plantas exóticas.
Sobre o impacto sócio-ambiental que afeta a lagoa
A principal fonte poluidora que mais vem afetando a lagoa são os lançamentos de esgotos domésticos não tratados. Esse processo vem contribuindo ao longo desses anos alterando as características físicas, químicas e biológicas do ambiente, já que o resultado dessa poluição é perceptível, e que é caracterizada pelo excesso de despejos de resíduos líquidos oriundos de atividades de origem humana, podendo ser essas atividades domésticas ou industriais.
Boa parte do esgoto doméstico não tratado e que flui do município de Candeias acaba desaguando na lagoa; um processo preocupante e um dos mais prejudiciais às bacias hidrográficas, e que acumula uma quantidade de matéria orgânica diminuindo a quantidade da luz, já que micro-organismos auxiliam no processo da fotossíntese, que diminui a quantidade de oxigênio causando a morte de peixes, como sempre vem sucedendo; o processo que é conhecido como eutrofização, onde essa vegetação aquática conhecidas como aguapé se alimentam de resíduos suspensos na água, porém, o excesso dessas plantas na superfície, que é causada pelo excesso desses nutrientes, acaba prejudicando a vida presente nos rios dificultando a passagem da luz do sol e com isso, os peixes acabam morrendo por falta de oxigênio. Baseado em Magossi, L. R. e Bonacella, P. H. Poluição das águas. São Paulo: Editora Moderna, 1997.
É bastante perceptível em nossos dias atuais que o município de Candeias vem se destacando, não somente pelo seu turismo e pela sua história, mas os relatos de crimes ambientais que por aqui ocorrem com frequência tem deixado marcas negativas num município que é margeado pela Baía de Todos-Os-Santos e que se tornou um acampamento de um desenfreado polo industrial, algo bastante agravante, tanto ao meio ambiente quanto às pessoas.
Sem um sistema de tratamento de esgoto, que é um processo que auxilia na redução da contaminação das bacias hidrográficas, os demais rios que recebem as águas dessa lagoa, a exemplo da represa e do rio São Paulo, esses dois citados são diretamente afetados pela poluição, onde boa parte da vida existente nos manguezais também sofrem esses mesmos impactos, a exemplo dos crustáceos e moluscos, principais fontes de renda de muitas famílias candeenses, além de esgotos industriais que se tornam outro grande problema para o meio ambiente. _
Próximo ao bairro do Malembá, já na região de Pitinga, havia uma lagoa conhecida como "represa" que, na verdade, era um reservatório de água formado pela Petrobras com o intuito de armazenamento num pequeno pasto para usos da própria empresa, que distribuía essa água para vários setores para utilização nos processos de lavagem e outros fins; uma criatividade que era margeada por um grande conjunto de árvores de pinheiros e apresentava uma biodiversidade encantadora. A localidade atraía uma fauna e uma flora exuberante. A represa surgiu de uma nascente conhecida como "bica" que ainda encontramos atualmente no bairro do Malembá e, esse reservatório de água era usufruído por diversos moradores de Candeias onde os mesmos desenvolviam atividades pesqueiras, porém, com o tempo, houve um rompimento que liberou bastante água e com o excesso de despejos de esgoto doméstico que veio sendo despejado por longo período, evoluiu efeitos negativos, quando por volta do final da década de 90, uma grande concentração de matéria orgânica já era bastante visível a ponto de não visualizarmos a superfície do rio, mas, um grande excesso de plantas aguapés o escondia. O desmatamento em volta da represa também colaborou para esses impactos, já que parte dessa vegetação servia como mata ciliar. Esse pequeno reservatório que também desaguava nos manguezais de Pitinga, hoje encontra-se completamente poluído e inapropriado para o uso humano, já que os rios poluídos oferecem riscos também à saúde das pessoas.
Focos de incêndio
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil encerrou 2020 com o maior número de focos de queimadas em uma década. No ano passado, o país registrou 222.798 focos, contra 197.632 em 2019, um aumento de 12,7%. Os números só ficam atrás do recorde de 2010, quando o país registrou cerca de 319 mil focos.
Dos dias 08 a 12/02/2021, mais focos de incêndio se alastraram nas proximidades da lagoa. O que não se sabe é se o incêndio deu-se de forma criminosa ou se ocorreu devido ao tempo de calor intenso, já que diversos dormentes descartados por funcionários que prestam serviços à empresa FCA foram encontrados próximos à mata, e cada um deles ardia em chamas, como se ocorrido tivesse acontecido de forma proposital a partir desse material. Os funcionários que prestam serviços à empresa foram procurados e a justificativa dada por eles foi a de que alguém colocou fogo nos dormentes, e a partir daquele momento foi feita a solicitação para o descarte legal desses restos de materiais, já que ali concentra-se uma área de proteção ambiental, o de descarte de materiais como esses torna-se inapropriado e proibido por lei.
Durante os dias anteriores a esses impactos, não ocorreu dias quentes além da conta, mas, ainda não sabemos se esses danos foram provocados ou deu-se de forma acidental, já que as queimadas acontecem com frequência em vários pontos de bairros diferentes, sendo a maioria desses causados pela ação humana.
As queimadas alteram a qualidade do ar, causam desconforto em pessoas que enfrentam problemas de respiração, afeta a fauna comprometendo a biodiversidade, compromete a qualidade da água, além de lançar gases poluentes na atmosfera.
Como o clima do município de Candeias é um clima bastante úmido, isso propicia de haver menos focos de incêndio, já que na região chove com frequência e pelo fato de o município estar próximo ao mar, isso traz boas influências na qualidade do clima, mas, o que mais nos deixa preocupados é a maneira de como procedem os candeenses, já que são pessoas difíceis de se labutar, havendo suas exceções, claro! Mas, tratando-se do tema Preservação, a situação fica um pouco mais complicada, mesmo que o poder público não costuma adotar medidas de melhorias ao meio ambiente, principalmente que estamos tratando de uma cidade industrial com um clima bastante comprometido pela poluição devido à emissão de gases poluentes que acabam afetando a saúde dos moradores a diversas doenças respiratórias e outras, sendo Candeias uma cidade portadora de um desequilíbrio ambiental presentemente.
Rios: São Paulo, Imbirussu, Jacarecanga, Boneçu, Petecaba, Joanes, e outros que são afluentes do Joanes acompanhados de remanescentes de mata atlântica, manguezais, restingas, cerrados; além de riachos como: Passagem e São Miguel.
Vegetação do município: Floresta ombrófila densa. Formação pioneiras com influência marinha (restinga) arbórea, formações pioneiras com influências fluviomarinha (mangue) arbórea.
Arborização urbana: Manguba, ficus-benjamina, amendoeira, gameleira, sombreiro, jamelão, bisnagueira (espécie invasora), tamarineiro, chapéu-de-napoleão, acácia-rubra, nim indiano. Estas são as principais e as mais encontradas em praças e ruas.
Tipo de Clima: Úmido
Relevo: Baixada litorânea, planícies marinhas e fluviomarinhas. Altitude: 97,0 m; latitude (Sul): 12º40'04''; longitude (Oeste): 38º33'02''.
Temperatura: Fica entre 22º a 32º. No verão chega a 38º e no inverno chega a 19º.
Área estudada: imagem
Nota do autor do Blog: A postagem foi desenvolvida com o intuito de fazer transparecer ainda mais as belezas existentes no município de Candeias; belezas essas que vem enfrentando temporalmente o chamado "racismo ambiental", já que a administração municipal labuta o mínimo com trabalhos de preservação ambiental, e isso é uma forma para que os moradores desconsiderem o importante valor que tem a natureza. Apesar dessa postagem ter sido elaborada no ano de 2008, o estudo mais detalhado sobre a fauna e a flora iniciou-se em 8 de novembro de 2020 e o trabalho foi um pouco dificultoso, desgastante, mas, feito com muito amor ao município e à natureza, já que o fato de eu ser fotógrafo colaborou bastante para explorar ainda mais essa e outras reservas. Em simultâneo, pedindo a colaboração de cidadãos candeenses, que venham fazer parte dessa campanha de conscientização, não desmatando, não poluindo e não danificando as reservas naturais do nosso município. Os agradecimentos também vai para o professor Jair Cardoso por ajudar na correção ortográfica desse conteúdo. O professor que também é historiador e lançou o seu mais recente trabalho chamado Candeias: histórias de fé e trabalho, pela editora Quarteto.
Obs.: este conteúdo seguirá adiante sempre com novas atualizações para melhor destacar a fauna e a flora do município de Candeias.
Marcelo é morador local e pratica a pesca na lagoa tirando daqui parte do seu sustento, afirmou.
Atualizado em 16/02/2021
Gostei muito do Blog, e interassante.
ResponderExcluirminha cidade ate que enfim apareceu ago sobre ela
ResponderExcluirMuito bom, bem explicativo, consegui todas as informações que necessitava. Obrigado.
ResponderExcluirAs fotos estao otimas , e as informaçoes bem elaboradas
ResponderExcluirvaleu .
GOSTEI MUITO DO BLOG, TEM MUITAS COISAS Q NÃO SABIA A RESPEITO DA LAGOA DA CCC. MUITO IMPORTANTE.
ResponderExcluirDefinitivamente uma excelente fonte de pesquisa. Os dados estão claros e demonstram confiabilidade e as fotos são de excelente qualidade. Apesar de morar aqui ha alguns anos, devo admitir que não fazia ideia da quantidade de dados e história que essa cidade possui.
ResponderExcluirMuito bom trabalho!!!
Vlw, Obrigado pelo comentário amigo, estou tentando melhorar mais e mais.
ExcluirGostei das informações. Gostaria de saber a origem da lago, se foi a CCC quem fez e se sim, por quê?
ResponderExcluirSafira, Boa Noite! o lago sempre existiu e, depois, veio a petroquímica CCC.
ExcluirEntao a lagoa n foi criada pelo humano e sim uma beleza criada por deus? Alguem sabe me responder
ResponderExcluirDeus quem criou a natureza, amigo!
ExcluirFicou lindo demais
ResponderExcluirParabéns meu amigo Gilmar pelo trabalho maravilhoso com o
ResponderExcluirMeio ambiente.
Obrigado, Marcelo! Deus abençoe a vc.
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