Criança candeense emociona todos ao ler trechos do livro de Jair Cardoso sobre a cidade. Confira!

 

Nesta semana que Candeias completou 63 anos de emancipada, quando os alunos do município estudam a sua história com mais frequência e intensidade, uma cena com uma criança lendo um trecho no qual faz referência ao livro do historiador Jair Cardoso, viralizou.

E exatamente porque mostra a razão de existência do processo educacional, que é pautado em livros, em obras de referência escritas por pesquisadores, e não em palhaçadas, como o vídeo feito para rir, de Ivan Mesquita (Cêro), que circulou no dia do aniversário da cidade, sabe-se lá patrocinado por quem.

Seria uma boa pergunta a fazer: quem patrocinou aquele besteirol de péssima qualidade, que prestou um desserviço à própria história do município?

O garoto que aparece na imagem do belo exemplo é Miguel Jorge Barreto, filho de Adenilton Santana Barreto e Cláudia Marli Barreto, e aluno da Escola Municipal Laurentino Nolasco da Cruz, no bairro do Sarandi. Ele é aluno da Profa. Áurea Bonfim de França e da Profa. Géssica Mendes, do Reforço Escolar situado na Rua Fonte do Mato, 48, no Sarandi.

O Prof. Jair Cardoso, que pesquisa Candeias há mais de trinta anos e é autor de vários livros sobre a sua história, diz que as imagens de Miguel o deixaram muito feliz e recompensado pelo seu trabalho que faz, sem qualquer remuneração: “História, educação, conhecimento são coisas que nós, professores, trabalhamos com muita seriedade e compromisso com a verdade. Quando eu estudei na minha infância e adolescência em Candeias, praticamente nenhum conhecimento sobre o município era ministrado nas nossas escolas. Percebi que esse terrível vazio na nossa historicidade local contribuía para que não existisse um pertencimento e uma identidade entre nós, enquanto cidade. E esse fato contribuía para a nossa baixa autoestima.

Ao ingressar no curso de História da Universidade Federal da Bahia, comecei a desenterrar o passado da nossa gente, fazendo pesquisas documentais, orais e etnográficas, surgindo delas os livros que escrevi e escrevo. É muito gratificante ver essa imagem da criança lendo e fazendo referência a essas obras, porque ela me faz ver que nada foi em vão. O meu esforço está recompensado” – disse o historiador.

“O que seria deste episódio marcante se ao invés da criança ler um estudo da história de Candeias, lesse as palhaçadas sem noção do humorista Ivan Mesquita sobre a nossa história? Brega da Caroba?(Destratando moradores do distrito do município) e outros erros grotescos como fatos e fotos. Minha sugestão é que as autoridades do município busquem uma reparação para não sujar a história de Candeias com palhaçadas”, afirmou Junior Robocop, editor do Bahia Notícia.



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