O Perigo das Redes de Pesca Descartadas No Mar



Neste dia 19/09/2017, o Jornal da Rede Record nos surpreendeu dessa vez com esta interessante matéria, onde aborda um assunto bastante notado nos dias de hoje em nossas praias e manguezais: o descarte das redes de pesca nos oceanos; isso geralmente acontece quando grupo de pescadores saem em alto mar para montar armadilhas para peixes com essas redes, e no momento do arrasto, muitas se prendem em corais e galhos de manguezais, e sem paciência para retirar, muitos pescadores descartam as redes, retirando apenas parte da rede, e onde muita das vezes, eles descartam a rede inteiramente.
Talvez os humanos não se deem conta do mal que um simples saco plástico ou qualquer outro resíduo pode causar aos animais marinhos. Asfixia, ferimentos, intoxicação e até mesmo a morte de peixes, tartarugas e outros animais podem ser resultado do acúmulo de detritos de origem humana que deliberada ou involuntariamente acabam nos mares.
Durante um passeio pela costa do México no ano de 2015, os mergulhadores Cameron Dietrich e Colin Sutton avistaram uma tartaruga marinha enroscada em uma pequena rede de pesca que havia sido deixada no mar.
Um deles decidiu pular na água para salvar a tartaruga -- que teve uma atitude emocionante e "agradeceu" o gesto do homem. Tudo foi gravado por uma câmera. O vídeo, compartilhado no canal do Youtube da GoPro, foi rapidamente viralizado e já conta com mais de 4 milhões de visualizações. Assista o vídeo a seguir:


As tartarugas marinhas nadam por longas distâncias para se alimentar de algas e crustáceos e muitas mortes acontecem por enforcamento nas redes de pesca e também por problemas gástricos. Nas necropsias, encontramos embalagens plásticas nos estômagos das tartarugas. Por isso, é muito importante que as pessoas recolham o lixo quando vão à praia.
Fonte de riquezas supostamente inesgotáveis, os oceanos cobrem dois terços da superfície terrestre e há muito tempo servem de depósito para todo tipo de resíduos produzidos pelo homem, desde efluentes líquidos sanitários ou industriais até as
mais diversas classes de lixo, como plásticos, vidros e materiais radioativos ou tóxicos. Muitas pessoas,infelizmente, mantêm a falsa idéia de que os oceanos têm ilimitada capacidade de assimilar sem riscos o imenso e contínuo aporte de poluentes e lixo.
O atual estilo de vida das populações humanas é o principal responsável pela crescente degradação dos oceanos. Enquanto a natureza é eficiente na reciclagem de seus resíduos, o homem continua acumulando o lixo. No Brasil, nos últimos anos, a produção média diária de lixo aumentou de 0,5 para 1,2 kg por pessoa nas capitais, e o consumo de embalagens de alimentos cresceu mais de 100%. Quanto mais desenvolvido um país, maior a geração de resíduos sólidos, em especial de derivados de petróleo como plásticos, nylon e isopor, de difícil degradação natural.
O rápido aumento, nos últimos 50 anos, da produção de materiais sintéticos persistentes mudou significativamente o tipo e a quantidade de lixo gerados.
O culto ao ‘descartável’, pilar da praticidade nas sociedades modernas, tem cobrado um custo ambiental alto. Retirar o lixo dos ambientes onde ele se acumula exige tempo, energia e espaço – logo, muito dinheiro. Esse custo tem levado a
reciclagem, lixões e aterros como nos últimos anos.
Como a área afetada é extensa, é cada vez mais difícil evitar, ou minimizar, os efeitos desse tipo de poluição nos ecossistemas marinhos. O lixo marinho resulta de lançamento proposital, manipulação ou eliminação descuidada, e muitas vezes tem origem em locais distantes da costa. Entre os fatores que influenciam sua produção estão o número de habitantes no território, seu nível educacional e poder aquisitivo e a área de produção, além da freqüência e eficiência do sistema de coleta.


Redes de pesca descartadas no oceano são usadas na fabricação de tênis da Adidas

Adidas fez uma parceria com uma organização ambientalismo criativo multidisciplinar chamado Parley For The Oceans  para criar um tênis de redes de pesca conceito feito quase inteiramente de resíduos de plástico e rede de arrastão descartados extraídos do mar.
A Pesca marítima é uma fonte significativa de poluição nos mares. Parte das redes utilizadas para criar estas fibras recicladas veio a partir de uma fonte mais interessante do que simples lixo mar;  The Sea Shepherds, uma organização de ativismo ambiental ligada ao mar, resgataram cerca de 72 km de redes de ilegais após rastreamento na costa da África Ocidental .
O tecido dos calçados serão criados com plásticos reciclados e fibras verdes das redes, enquanto a base vai usar outros materiais sustentáveis.
Adidas tem sido acusada pelo Greenpeace de poluição ambiental no passado, de modo que este venha a representar um dos muitos passos na direção certa. Os sapatos podem ser produzidos ou não, mas eles prometem começar a partir de fibras recicladas no início de 2016.
Que novas iniciativas de grandes empresas sigam nessa direção.
Via:  parley.tv , seashepherd.orgadidas.com ( ecouterre, huffpost, boredpanda)


Redes de Pesca Descartadas No Mar São Usadas Por Grupo de Jovens Norte-Americanos Para Fabricação de Skate


Outra Novidade chegada ao mercado são os skates fabricados através de redes de pescas recolhidas do mar. Preocupado em reduzir a poluição dos oceanos, um grupo de três amigos passou o último ano estudando formas de criar um acessório capaz de contribuir com a limpeza das águas. O resultado disso foi o skate sustentável “The Minnow”, produzido a partir da reciclagem de redes de pesca de plástico recolhidas no Pacífico.
A ideia surgiu quando os jovens norte-americanos Ben Kneppers, David Stover e Kevin Ahearn viajavam pelo Chile, onde funciona uma das maiores indústrias pesqueiras do mundo. Lá, graças ao financiamento da Universidade Northwestern, do governo chinelo e do financiamento coletivo pelo Kickstarter, criaram a empresa Bureo Skateboards*.
Junto à comunidade de pescadores, os empreendedores coletam lixo no mar, por meio da iniciativa Net Positiva. Trata-se de um programa criado por eles para envolver a população local no recolhimento de resíduos e na reciclagem.
Para produzir cada shape, são necessários cerca de 30 m² de redes de pesca. Depois de retirado da água, o material é triturado e transformado em placas em formato de peixe, com “escamas” para dar aderência. Além disso, as rodas do skate ecológico são feitas a partir de 30% de óleo vegetal e têm núcleos totalmente reciclados. Fotos: Divulgação


Assista ao comercial do material no vídeo abaixo

A Reciclagem
A reciclagem é o processo de reaproveitamento do lixo descartado, dando origem a um novo produto ou a uma nova matéria-prima com o objetivo de diminuir a produção de rejeitos e o seu acúmulo na natureza, reduzindo o impacto ambiental. Pratica-se, então, um conjunto de técnicas e procedimentos que vão desde a separação do lixo por material até a sua transformação final em outro produto.
Apesar de não ser a única medida a ser realizada para a diminuição do lixo produzido pela sociedade, a reciclagem possui um importante papel, uma vez que, além de reduzir a quantidade de rejeitos, também diminui a procura por novas matérias-primas. Dessa forma, quanto mais se recicla, mais se reaproveita e, consequentemente, menor é a necessidade de extrair novos materiais da natureza.
Soma-se aos benefícios da redução do lixo e desoneração dos recursos naturais o fato de o processo de reciclagem ajudar a movimentar a economia, pois empresas especializadas nesse processo passam a atuar, gerando, inclusive, mais emprego e renda. Um exemplo também é a formação de cooperativas de reciclagem, como a dos catadores de papel, que, embora trabalhem quase sempre em regime informal de trabalho, conseguem adquirir uma renda para sustentar suas famílias.
Há alguns casos em que a reciclagem também reduz o consumo de energia. O exemplo mais clássico nesse sentido é o alumínio, um material quase que totalmente reciclável, pois a sua produção a partir da bauxita (recurso mineral não renovável extraído do solo) demanda o consumo de uma grande quantidade de energia elétrica em uma indústria de base. Dessa forma, em alguns casos, é mais vantajoso economicamente o reaproveitamento das latas e outros produtos de alumínio do que a produção de novos materiais.
O primeiro passo para a realização do processo de reciclagem é a coleta seletiva, ou seja, a separação do lixo por material, com o seu posterior destino para o reaproveitamento. Geralmente, divide-se primeiramente o material reciclável do não reciclável e, em seguida, separa-se o que é reciclável em metais, plástico, papel e vidro.


A coleta é uma importante forma de promover a prática da reciclagem
Embora a reciclagem, como vimos, seja muito importante, ela apresenta algumas limitações. A primeira delas é a de que, mesmo que exista uma grande eficiência na sociedade para a realização desse processo, ele não será o suficiente para diminuir em níveis aceitáveis a produção de lixo. Esse problema eleva-se quando o consumismo é desenfreado e a consequente geração de rejeitos é acentuada, sendo impossível para a reciclagem absorver tudo isso. O mais importante, na verdade, é adotar a política dos 3Rs ou, até mesmo, a política dos 5Rs, que envolve repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar.
Outra das limitações da reciclagem envolve os problemas ambientais por ela gerados, isto é, os danos causados pela má utilização das técnicas e procedimentos envolvidos. Na reciclagem do papel, por exemplo, gera-se um lodo ou lama proveniente de vários produtos químicos que nem sempre é descartado da forma correta.
Por todos esses motivos, devemos sempre incentivar a reciclagem, mas também precisamos entender que ela, sozinha, não resolverá os problemas da sociedade e os impactos gerados sobre o meio ambiente. Portanto, reduzir o consumo, optar por materiais mais duráveis e reaproveitar ao máximo um determinado produto antes de descartá-lo são medidas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas e também a conservação da natureza.
Fonte: Mundo educação

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