Danos Causados Pelo Plástico Jogado No Mar

Este documentário foi exibido pelo jornal da Rede Record, e, é de suma importância para nós colocarmos em prática a ação de preservar o meio ambiente. Preservar é preciso! a vida marinha necessita da nossa colaboração para que as próximas gerações possam continuar desfrutando de forma sadia a natureza do Criador.
O impacto dos Plásticos No Oceano 
O Oceano ocupa cerca de 70% da superfície do planeta e albergam aproximadamente 230.000 espécies (WoRMS, 2016), estimando-se que estejam ainda por descobrir cerca de 91% do total de espécies existentes nos oceanos (Mora et al., 2011). Muitas das espécies conhecidas (377 aproximadamente) estão em perigo ou criticamente em perigo, segundo o Livro vermelho das espécies em perigo da IUCN (The IUCN Red List of Threatened Species, 2016). As maiores ameaças à vida marinha são a pesca excessiva, alterações climáticas, atividades minheiras (exploração de petróleo, gás e minerais), navegação comercial, atividades turísticas, o desenvolvimento costeiro (navegação de recreio, desenvolvimento dos centros urbanos junto ao mar, hotéis e outros centros turísticos) e a poluição. Mais de 80% da poluição marinha provem das atividades humanas desenvolvidas em terra, e que chega aos oceanos de forma acidental ou deliberada. Estes poluentes tem as mais diversas origens, desde sacos plásticos a pesticidas passando por esgotos não tratados e por químicos tóxicos (WWF Global, 2016). Os plásticos (artes de pesca, boias, garrafas, sacos plásticos, balões, plásticos de embalagens, palhinhas, hastes de chupa-chupa, etc.) são atualmente reconhecidos como uma das mais importantes e preocupantes fontes de poluição do meio marinho (Poli et al., 2015) e diz respeito a todos os habitats marinhos, (Barnes et al., 2009), tendo efeito global em toda a biodiversidade. Devido às suas características físicas os plásticos encontram-se amplamente espalhados pelo ambiente marinho (Eriksen et al., 2014). Estes plásticos também
permitem a dispersão de micro-organismos, algas, invertebrados e peixes, podendo contribuir para a introdução de espécies não-nativas, e potencialmente invasoras, em outras regiões (Eriksen et al., 2014). Correntemente estima-se que existam 250.000 toneladas de plásticos, espalhados pelos oceanos do planeta (Eriksen et al., 2014). A maioria desses plásticos entram nos oceanos, vindos das nossas praias, ruas e autoestradas, levados pelas águas das chuvas ou pelo vento, chegando aos rios e destes ao mar. As pequenas partículas plásticas, designadas por “micro-plásticos” (tamanho inferior a 5mm), provenientes da degradação de plásticos de maiores dimensões, ou produzidas propositadamente para diversos usos: em máquinas industriais para criar abrasão, micro pérolas utilizadas em cosmética (esfoliantes, pasta de dentes, etc.) atuam, à semelhança dos de maiores dimensões. Além disso são facilmente ingeridos por organismos marinhos, podendo mesmo entrar através das guelras dos peixes, e os organismos filtradores, como os mexilhões e as baleias, filtram-nos da água do mar quando se alimentam. Entram na dieta de outros organismos (ex: aves marinhas) por ingestão direta ou por bioacumulação, chegando aos humanos pelo mesmo processo (A Rocha, 2016).

impactos dos Plásticos nas espécies marinhas 
Pelo menos 267 espécies são conhecidas por já terem sofrido por enredamento ou ingestão de plásticos, incluindo aves marinhas, tartarugas, leões marinhos, focas, cetáceos e peixes (Allsopp et al.,2006). O plástico pode causar danos diretos nos seres marinhos, desde o zooplâncton até aos grandes cetáceos, aves e repteis através do emaranhamento/enredamento (causando morte por afogamento ou deformidades no corpo), má nutrição (bloqueio do aparelho digestivo e pseudo-satisfação por preenchimento do estômago) resultando frequentemente na sua morte, danos esses que estão bem documentados (Gregory, 2009). Contudo existem também danos indiretos relacionados com a acumulação de metais pesados e outros químicos, tais como bifenis policlorados (PCBs), bifenilos polibromados (PBDEs) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) (Teuten et al., 2009).  
                                                                         Pesca Fantasma 
 As artes de pesca (redes, armadilhas, linhas com anzóis, etc.) abandonadas ou perdidas, que ficam à deriva ou presas nos fundos, continuam a capturar organismos marinhos durante muito tempo. Esta chamada “pesca-fantasma” constitui um grande problema e afeta muitas espécies, principalmente mamíferos marinhos, tartarugas e peixes pelágicos, mas também aves marinhas e outras espécies que vivem junto aos fundos. Muitos animais morrem vítimas dessa pesca e muitos outros, à semelhança do que acontece com outros detritos plásticos, ficam emaranhados/enredados o que causa deformidades que acabam por conduzir à morte.  
             Aves Marinhas 
 Peixes com cores claras e brilhantes podem facilmente ser confundidos com pedaços de plástico que flutuam na coluna de água. Para uma ave marinha, a diferença entre as suas presas naturais e os pedaços de plástico poderá ser praticamente inexistente. Estes resíduos flutuantes são frequentemente ingeridos pelas aves marinhas, por engano, devido a assemelharem-se às suas presas habituais (Cadée, 2002). Existem diversos estudos sobre a problemática da ingestão de plásticos por aves marinhas e de como são afetadas por eles. Este problema tanto ocorre a baixas como altas latitudes (Hammer et al., 2016). A ingestão de plásticos pode causar envenenamento, danos no aparelho digestivo e obstrução do mesmo, má nutrição e fome. Outros, como redes e linhas de pescas, podem causar emaranhamento causando o afogamento da ave. Quando incorporados nos ninhos, por algumas aves, causa também o emaranhamento das crias que acabam por morrer.  
                                                                            Peixes 
A ingestão de plásticos por peixes foi relatada pela primeira vez em 1972 (Carpenter et al, 1972) que descreveu apresença de partículas plásticas em larvas e em peixes adultos. Nas últimas décadas tem-se assistido a um aumento no número de estudos que abordam esse problema em várias espécies de peixes (ver Cannon et al., 2016; Miranda, D. & G. de Carvalho-Souza, 2016) percebendo-se que tanto afeta pequenos peixes como grandes tubarões (Diana et al., 2014). Em 2014 foi reportado, na ilha Terceira, um caso de um besugo (Pagellus acarne) estrangulado por um anel de plástico (Barreiros, J. & O. Guerreiro, 2014). Também é conhecido um caso de um espadarte (Xiphias gladius) com um anel plástico preso na “espada” e de tintureiras (Prionace glauca) com pedaços de redes presas no corpo (M. Santos, com. pess.) 
                                                               Mamíferos Marinhos 
De acordo com a NOAA (National Oceanographic and Atmospheric Administration) (2014)estima-se que os resíduos plásticos matam 100.000 mamíferos marinhos todos os anos, bem como tartarugas-marinhas, aves e peixes. Muitos mamíferos marinhos morrem enredados em material de pesca à deriva, ou ficam com pedaços desses materiais presos ao corpo, causando deformações que acabam por conduzir à morte. Diversos tipos de plásticos já foram encontrados nos estômagos de cetáceos encontrados mortos. Recentemente arrojaram (termo utilizado quando um cetáceo dá à costa) alguns cachalotes numa praia da Alemanha, e em alguns deles foram encontrados diversos tipos de plásticos nos estômagos, tais como redes de pesca e plásticos diversos.  
                                                                        Tartarugas 
 Muitas tartarugas, que morreram pela ingestão de detritos, tinham plásticos ou linhas de pesca nos seus estômagos. Muitos desses plásticos eram de dimensões muito pequenas. As tartarugas ingerem estes detritos por confundirem-nos com as suas presas habituais (águas-vivas, caravelas ou outros seres gelatinosos) ou em conjunto com essas mesmas presas (Schuyler et al., 2014). Estes plásticos provocam subnutrição, uma vez que ocupam espaço no trato digestivo, que seria ocupado por comida. Podem causar lesões no trato intestinal, originando úlceras e necroses. Também conduzem à perda do controle de flutuabilidade devido ao alimento
ficar mais tempo no estômago, levando à acumulação de gás no intestino. Em situações extremas a acumulação de plástico leva ao entupimento do trato digestivo, bloqueando a passagem de comida (Poli et al., 2015; Tourinho et al., 2010). Nos Açores já foram encontradas tartarugas-marinhas com plásticos no estômago (Barreiros, J. & J. Barcelos, 2001); (M. Santos, com. pess.) 



     Que podemos fazer para  minimizar estes problemas?  
Reduzir a utilização de plásticos (sacos plásticos, embalagens de comida, etc.). Quando os tivermos de utilizar, optar por plásticos ecológicos (biodegradáveis ou recicláveis). A utilização de plásticos biodegradáveis na agricultura (culturas e silagens) permitiria em muito a redução dos resíduos plásticos produzidos anualmente. Evitar as largadas de balões (muito em voga para celebração de algum evento) e a utilização de balões em geral. Estes balões acabam por cair no mar! Acondicionar de forma adequada os resíduos plásticos para que não sejam levados pelo vento e pelas águas.
                                                        Referências bibliográficas: Aqui

Golfinho Vítima de Sacola Plástica é Salvo Por Família em Praia Grande - Litoral Paulista.

No Próximo vídeo, você verá maus momentos que passou um Golfinho por causa de sacola plástica jogada no mar em Praia Grande - SP. Uma Família de São Vicente que passeava pela praia, de barco, presenciou o momento de aflição do bebê golfinho no mar, ele estava enroscado na sacola e não conseguia se livrar do material, foi aí que um dos barqueiros usaram um jereré para tentar resgatar o animal, e com muita insistência, conseguiram retirá-lo do mar, e o ajudou, retirando da sacola e devolvendo ao mar, e para surpresa da família, ao soltar o animal no mar, saltou então o golfinho em ato de gratidão, e em seguida, eles perceberam que próximo ao barco, haviam mais dois golfinhos adultos, e acharam eles ser um deles a mãe do bebê golfinho. Marcos de Farias, o pai e o irmão sentiram-se bastantes orgulhos pelo ato que praticaram, e com certeza, ficará para sempre na memória de muitos. Veja a seguir o depoimento de Marcos contando como foram os momentos de aflição do golfinho e como conseguiram retirá-lo da sacola plástica.
Definiçaõ do plástico:
Os plásticos são materiais poliméricos sintéticos ou semissintéticos, de constituição macromolecular, impermeáveis, maleáveis, transformáveis mediante o emprego de calor e pressão, e que servem de matéria-prima para a fabricação dos mais variados produtos, desde tampas de garrafas até naves espaciais. Sua utilização, cada vez mais desenvolvida em todos os setores industriais, remete à sua versatilidade e propriedades físico-químicas. Os plásticos substituem, com vantagens, a madeira, os metais, o vidro e o papel, as fibras vegetais e animais, pois muitos deles, além de cada vez mais escassos na natureza, têm um custo de produção bem mais elevado. A matéria-prima dos plásticos é a nafta retirada do petróleo, ainda que já existam vários plásticos de origem vegetal sendo produzidos a partir de fontes renováveis como milho, mandioca, beterraba e cana-de-açúcar, entre outras fontes.
Não descarte sacolas plásticas no mar



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