Baía de Aratu: Protesto contra desmatamento de mangue e ação solidária na tarde de hoje em São Tomé de Paripe


 Uma ação voluntária seguida de protestos marcou a tarde de hoje (01), na praia de São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador. Um grupo de pescadores e marisqueiros da região de ilha de Maré fizeram um movimento em ato de repúdio contra um desmatamento de mangue que vem ocorrendo na região de Candeias, na baía de Aratu, ao lado do porto da Ford, onde uma empresa por nome "Bahia Terminais"  portada por uma licença gerada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e, com isso, a empresa vem desmatando uma extensa APP (Área de proteção permanente) com o intuito de se construir um terminal que beneficiaria um dos portos da região, comprometendo a vegetação nativa de mata atlântica. Mesmo com a recomendação do Ministério Público da Bahia, na pessoa da promotora Cecília Carvalho Marins, a empresa deu prosseguimento ao desmatamento sem atentar ao pedido da promotora. Um grupo de pescadores coletou uma grande quantidade de peixes, crustáceos e moluscos, tanto no local desmatado quanto em outros pontos de pesca do rio para distribuição, no intuito de mostrar um pouco mais sobre a importância da pesca artesanal e o quanto as comunidades quilombolas que vivem nos entornos da baía dependem desse rio para a sobrevivência. Mais de 200 kg das espécies foram distribuídas. No ato de hoje, se fez presente o Movimento Cultural de Águas Claras, que também utilizaram dessa criativa estratégia em tempo de pandemia, juntos aos pescadores da ilha de Maré, assumindo o compromisso de ajudar os pescadores nessa luta contra o racismo ambiental que ainda predomina, tanto na Baía de Aratu quanto na baía de Todos-Os-santos, já que os órgãos ambientais não tem se sensibilizado para determinadas causas de crimes ambientais, assim pensam os pescadores da região.


Atualizada em 01/10/2020 às 23:31