Rio Joanes



O Rio Joanes nasce no município de São Francisco do Conde, localizado no recôncavo da Bahia, e desemboca na praia de Buraquinho, no município de Lauro de Freitas. Os municípios que compõem a bacia hidrográfica do rio Joanes são: Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Candeias, Salvador e Dias d’Ávila. Com a área de aproximadamente 1200 Km², o rio Joanes limita-se com a bacia do rio Jacuípe, as bacias da área urbana de Salvador, e a sudeste o limite da bacia é definido pelo oceano Atlântico. O Rio Joanes é uma área de preservação ambiental, pois ele é responsável por cerca de 40% do abastecimento de água da região metropolitana de Salvador. A APA do rio Joanes tem como algumas características o clima quente-úmido, espécies arbóreas como a sucupira e pau-pombo, aves como a aracuã, Maria verdinha e algumas espécies migratórias como a gaivota. Apresentam ainda mamíferos como a raposa e algumas espécies de serpentes. Os primeiros sinais da ocupação humana na área da bacia do rio Joanes se deram através da ocupação de algumas tribos indígenas, como os Tapuias, Tupinaês e Tupinambás.
Atualmente, o Rio Joanes vem passando por fortes degradações ambientais, como a exemplo de um dos trechos em que o manancial corta o município de Camaçari, onde pescadores passam boa parte de seu tempo na esperança de pegar pequenos peixes para saciar a fome de suas famílias, pois os peixes pescados no rio Joanes já saciou  a fome de muitas famílias nessa cidade, mas o Rio Camaçari, com seus despejos prejudiciais ao meio ambiente, vem a cada dia matando o Joanes, Rio que é responsável pelo abastecimento de cerca de 40% da água que cai nas torneiras das casas de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho.


No trecho do Joanes que margeia Camaçari e que tem 37 quilômetros de extensão, "há preservação", que as matas ciliares não foram retiradas; Afirmou Juliana Paes, Secretária de Meio Ambiente de Camaçari. O Rio serve de limite entre o município e as cidades de Simões Filho, Lauro de Freitas e Dias D'Ávila. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Camaçari, "Desses 37 quilômetros, a maior parte, cerca de 95%, não está ocupada, ou seja, são áreas que não estão urbanizadas, que as matas ciliares e as margens dessa parte do rio se mantêm preservadas até por serem áreas rurais", afirmou. Os 5% restantes estão concentrados na área do distrito de Abrantes, em região ocupada. Mas, segundo Juliana, que também é urbanista, é uma "ocupação ordenada".
Segundo o gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga, instância criada em 1999 para preservar o manancial, Geneci Bras, em todas as cidades por onde passa o rio há assoreamento. "A partir de Camaçari até a foz, há impacto da ocupação irregular, falta de saneamento básico, lançamento de esgoto e poluição", disse.
A preocupação maior, contou a secretária, está na expansão da ocupação urbana nas áreas próximas ao Joanes e a conciliação com a preservação (ver matéria abaixo). A Via Metropolitana que está sendo construída próxima ao rio para ligar a rodovia CIA-Aeroporto (BA-526) à Estrada do Coco (BA-099) é motivo de preocupação porque servirá, segundo ela, de atrativo para novas moradias ao redor do trajeto da pista.
Questionada, no entanto, se a situação do rio Camaçari não retira a preservação que ela considera haver no município, a secretária respondeu que "desconhece dados e indicadores sobre a contribuição de poluição dele".
Ela afirmou que o Camaçari corta a sede da cidade e é um rio degradado pela "condição das ocupações que se consolidaram às suas margens, ao longo dos anos". O afluente é alvo de obra de urbanização desde 2012.
Após a crise hídrica que ocorreu na capital paulista, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou, em 2015, um edital para apoiar financeiramente ações de recuperação de nascentes de mananciais que abastecem regiões metropolitanas de grandes capitais.
Na Bahia, quatro ações foram contempladas. Duas nos rios Joanes e Jacuípe, a cargo da Embasa, e outras duas, nos rios Paraguaçu e Pojuca, sob a responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Sihs).
No caso da Embasa, a verba que será investida é de R$ 3,2 milhões, sendo R$ 2,9 milhões do MMA e os R$ 300 mil restantes são recursos próprios da empresa. A licitação da primeira fase, segundo o gerente da unidade socioambiental da Embasa, Thiago Hiroshi, foi alvo de questionamentos e recursos, mas foi finalizada.



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