Prainha da Boca do Rio

 

 

 A Prainha da Boca do Rio, conhecida por muitos como "Prainha de Aratu"  é uma APA (Área de Proteção Ambiental) utilizada pelo público como área de recreação e pesca. A praia está localizada no município de Candeias e é um dos pontos turísticos mais badalados atualmente, principalmente na estação do verão recebendo a visita até de artistas famosos, Banhistas de várias regiões da Bahia e do Brasil tem acesso ao local por meios de transportes marítimos chegando até a baía de Aratu e se deparando com este lindo e pequeno balneário. 

 Com suas águas límpidas e tranquilas, muitos acabam se acomodando por um espaço de tempo em nossa praia por meio desses roteiros turísticos, além de terem ainda o privilégio de conhecer os distritos de Caboto, Passé, ilha de Maré, além de outras localidades.

A história da Boca do Rio revela uma rica tapeçaria de culturas e mudanças ao longo do tempo. A presença ancestral dos índios Tupinambás nessa região, sem confrontos aparentes com os portugueses, ressalta a diversidade e a coexistência que caracterizaram muitas interações entre povos nativos e colonizadores no Brasil.

 É lamentável que a construção do Porto de Aratu e outras empresas tenha levado à obstrução das fontes de água doce que eram essenciais para os moradores locais, incluindo os remanescentes de quilombolas. Esse tipo de impacto ambiental e social destaca a importância de considerar cuidadosamente os efeitos de projetos de desenvolvimento econômico sobre as comunidades locais e os recursos naturais.

A evolução da Boca do Rio ao longo das décadas, com investimentos públicos e mudanças na infraestrutura, é uma narrativa comum em muitas áreas urbanas e rurais do Brasil. A transformação do local, com a presença de serviços básicos como escolas e transporte, reflete os esforços para melhorar a qualidade de vida das pessoas que ali vivem.

A conscientização pública sobre a importância da preservação ambiental e a pressão sobre as autoridades locais para agir em prol da sustentabilidade podem ser passos importantes para resolver esses problemas e garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos.

 O descaso do poder público municipal em relação à sustentabilidade das praias e manguezais vem causando insatisfação entre turistas e moradores locais. Esses recursos naturais são preciosos que desempenham papéis essenciais na ecologia local, no turismo e na subsistência das comunidades.

A falta de investimento e cuidado adequados pode resultar em consequências negativas, como poluição, degradação ambiental e perda da qualidade de vida para as pessoas que dependem desses ecossistemas para seu sustento e lazer.

A memória das famílias que residiram na Boca do Rio e a riqueza da vida comunitária que existiu ali são aspectos importantes da história local que merecem ser preservados e valorizados. É essencial reconhecer e respeitar a herança cultural e histórica das comunidades, especialmente daqueles que têm laços profundos com a terra e o ambiente ao seu redor. Veja

 O quilombo que está abrigado nas proximidades da Prainha de Aratu vivenciou diversos conflitos com a chegada dos diversos empreendimentos no local, a começar pelo Porto de Aratu que á administrado pela Companhia das Dorcas do estado da Bahia (CODEBA), o que, bem antes disso, numa localidade conhecida como Boca do Rio, em território da atual da Base militar da marinha do Brasil, habitavam povos originários além de povos africanos que ali viviam exclusivamente da pesca. 

 É notável que o quilombo existente na Prainha de Aratu enfrenta uma série de desafios decorrentes da chegada de vários empreendimentos industriais à região. A história de ocupação do território, que remonta aos descendentes de diferentes etnias, incluindo negros escravizados e povos indígenas, é uma parte importante do contexto.

O reconhecimento como quilombolas pelo Estado Brasileiro, certificação pela Fundação Cultural Palmares e o processo de regularização em tramitação no INCRA são passos cruciais para garantir seus direitos territoriais e culturais. No entanto, as retaliações supostamente enfrentadas pela comunidade por parte das empresas instaladas nas proximidades destacam as tensões entre desenvolvimento econômico e preservação dos direitos das comunidades tradicionais.

 A situação descrita sugere uma série de questões complexas, incluindo a proteção dos direitos territoriais das comunidades tradicionais, e a importância do cumprimento da legislação ambiental para evitar impactos negativos sobre o meio ambiente e as comunidades locais.

 Além disso, a história de ocupação do território e as relações entre a Marinha, os herdeiros do engenho escravagista Wanderley Pinho e as empresas instaladas na região destacam a necessidade de uma abordagem sensível e justa para lidar com as reivindicações territoriais e os direitos das comunidades tradicionais, especialmente em contextos onde o desenvolvimento econômico pode entrar em conflito com a preservação cultural e ambiental.

 Desde que as diversas empreendimentos se instalaram no território, a exemplos do porto de Aratu em conjunto com a  Volpak, Braskem, GDK, Mendes Jr, Ford, Dow Química, dentre outras, a rotina do ambiente veio mudando e se degradando de forma contínua.

 O acúmulo de lixo aumentou após a instalação de barracas irregulares que vem sendo outro problema que vem gerando impacto ao ambiente, assim como também a falta de espaço para os visitantes desfrutarem da sombra natural da vegetação. Essa combinação pode levar a danos significativos ao ecossistema local e comprometer a experiência dos frequentadores da praia, já que as autoridades locais não implementam medidas para controlar a instalação dessas barracas de praia, garantindo que sejam feitas de forma legal e regulamentada.

 O município que abriga uma grande extensão de manguezal desenvolve um grande movimento de atividades pesqueiras, quando se fala em praia, esta é a única existente em Candeias, e que atende às várias comunidades que vivem em suas proximidades e, por esse motivo, exige-se o máximo de atenção por parte do poder público municipal. 

Ao Visitar a praia, evitem o descarte de lixo no local, pois, ela é nossa, e você é o responsável pelo zelo e pela manutenção da mesma. Estamos sempre recebendo visitas de voluntários, onde os mesmos fazem a limpeza geral da nossa Praia. 

É muito bom ver a dedicação da comunidade em proteger e preservar a beleza natural da Prainha de Candeias. Os manguezais e as atividades pesqueiras desempenham um papel vital na sustentabilidade ambiental e no sustento das comunidades locais.

A conscientização sobre a importância de manter as praias limpas e livres de lixo é fundamental para garantir que esse valioso ambiente natural seja preservado para as gerações futuras. A iniciativa de receber voluntários para limpezas regulares é louvável e demonstra um compromisso real com a conservação do ambiente.

É crucial que os visitantes também assumam a responsabilidade pelo cuidado da praia durante suas visitas. O simples ato de recolher o próprio lixo e descartá-lo de maneira adequada pode fazer uma grande diferença na preservação desse ecossistema delicado.

Agradeço por compartilhar essa mensagem importante de conscientização ambiental. Cuidar da natureza é uma responsabilidade de todos, e cada pequeno gesto contribui para a proteção do nosso planeta.

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Assista ao nosso curta metragem em defesa do território quilombola Boca do Rio

 

Atualizado em 06/04/2022